Izalci discute com setores produtivos e de serviços a desoneração da folha de pagamento

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Participantes alertam que sem a redução de encargos, milhares de trabalhadores serão dispensados

Os impactos negativos do veto presidencial à prorrogação da desoneração da folha de pagamento na visão de representantes de 17 setores produtivos e de serviços no país foi o tema discutido por cerca de 30 participantes em reunião virtual com o senador Izalci Lucas (PSDB/DF), nesta terça-feira (11). Os representantes das associações solicitaram ao senador que o Legislativo coloque em pauta a análise do veto o mais rapidamente possível. Eles também pediram apoio para que a prorrogação seja mantida e ressaltaram que com os reflexos negativos da pandemia, que devem se estender até 2021, a desoneração se torna fator fundamental para a geração de emprego e sobrevivência das empresas. Nesse sentido, eles pediram ao senador Izalci Lucas ajuda para que possa levar a demanda ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre.

“Sei da dificuldade que as empresas passam com deveres trabalhistas, impostos altos e demais responsabilidades e a importância que têm na geração de empregos. Vou conversar com o presidente Davi Alcolumbre e também com os senadores sobre a demanda que vocês apresentaram”, afirmou o senador.

O senador Izalci Lucas informou que, de acordo com o que foi conversado na última reunião de líderes, há previsão de que o veto seja discutido na sessão do Congresso Nacional do dia 2 de setembro.

“Amanhã teremos uma reunião da Comissão Temporária da Reforma Tributária e esperamos que o governo apresente novas informações sobre esse assunto”, disse o senador.

 

Perdas

Prevista pela MP 936/20, a prorrogação da desoneração da folha de pagamento vigoraria até 2021, permitindo a manutenção da redução da carga tributária da empresa no pagamento de salários. Como esse ponto foi vetado, ele volta a ser analisado pelo Congresso Nacional, que pode derrubar o veto do presidente ou mantê-lo. Segundo informaram os participantes, caso o veto não seja derrubado, milhares de trabalhadores poderão perder seus empregos porque as empresas não conseguirão arcar com os gastos. Segundo o presidente Executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, Brasscom, Sergio Paulo Gallindo, o fim da desoneração da folha representará uma redução de cerca de 400 mil postos de trabalho até 2025.

 

Setores

Além da Brasscom, participaram da reunião representantes da Associação Brasileira de Telesserviços, ABT, do Sindicato Nacional da Indústria da Construção, Sinicon, da Associação Nacional de Fabricantes de Onibus, Fabus, da Associação Brasileira da Industria de Máquinas, Abimaq, a BRF, da Associação Brasileira de Rádio e Televisão, Abratel, da Associação Brasileira da Indústria Têxtil, Abit, da Fundação Abrinq e a advogada Ariane Costa, especialista em Direito Tributário e Trabalhista, entre outras associações e representações.

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