Falta de insumos e pessoal compromete o atendimento médico nos hospitais do DF na luta contra a Covid
Durante reunião da Comissão Especial da Covid-DF foi exibido um vídeo de uma servidora da Saúde chorando ao denunciar que faltam profissionais para atender a população
O sistema de saúde da capital do País segue sangrando e a beira do colapso pela falta de planejamento. Nesta segunda-feira (15), a Comissão Especial da Covid-DF ouviu explicações de técnicos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) sobre a falta de materiais para a realização de procedimentos médicos nos hospitais da rede pública. A reunião foi conduzida pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), coordenador do grupo de trabalho.
Ao abrir a reunião, Izalci mencionou que o governo federal vai financiar a abertura de mais de 3 mil leitos de UTIs em todo o Brasil e o Distrito Federal acabou não sendo contemplado. “Eu gostaria de saber o porquê que o DF ficou de fora? Será se foi falta de planejamento por parte do GDF?”, questionou o parlamentar.
Em seguida, o assessor da SES/DF responsável pelas compras de materiais, Arthur Felipe Brito, apresentou uma planilha de estoque dos materiais e revelou que faltam materiais como avental, luvas, toucas e tubos para realizar procedimentos de intubação. “Só temos estoques até quarta (17). Estamos aguardando a chegada de um carregamento. Estamos tendo dificuldades para comprar materiais para intubação”, apontou Arthur.
Izalci Lucas alertou para a possibilidade de faltar oxigênio nas unidades hospitalares para os próximos dias. O subsecretário de Infraestrutura da SES/DF assegurou ao senador que não faltará oxigênio. O parlamentar disse que a comissão está acompanhando de perto essa questão do abastecimento de oxigênio.
DEPOIMENTO DE SERVIDORA
No decorrer da reunião, Izalci Lucas exibiu um vídeo com depoimento de uma servidora da área de enfermagem da SES/DF. A enfermeira relata chorando que falta pessoal para trocar balão de oxigênio, falta de materiais e de recursos para salvar os pacientes. “É desesperador. Eu achei que eu nunca ia viver… e depois de um ano, as coisas estão complicando. Está ficando difícil, não temos espaço e pessoal para dar a assistência adequada”, lamenta a servidora.
PROTOCOLO DE SEGURANÇA NAS ESCOLAS
A procuradora do Ministério Público do Trabalho do DF, Ana Claudia Rodrigues, informou que o órgão está cobrando do GDF que as escolas particulares e demais estabelecimentos de ensino autorizados a funcionar na semana passada cumpram os protocolos de segurança para receber os estudantes. “O decreto permitiu o funcionamento desses estabelecimentos, mas não publicou quais são os protocolos que precisam ser seguidos”, disse a magistrada.
Assista a íntegra da reunião da Comissão Especial da Covid-DF desta segunda (15):
