EXTINGUIR O IGES, UM FOCO DE CORRUPÇÃO

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O Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (IGES), criado no governo Rodrigo Rollemberg, virou um foco de corrupção nas mãos do governador Ibaneis Rocha. Por isso, o pré-candidato ao governo do DF, senador Izalci Lucas, afirmou em entrevista para a TV Comunitária, que se fosse governador “extinguiria imediatamente” o IGES. Sua avaliação é a de que a melhor alternativa seria criar uma Fundação Pública e sanear a gestão dos recursos da Saúde.

Durante a Pandemia, o GDF adquiriu 150 mil testes de COVID por R$ 139,90, mas eles poderiam ser comprados no mercado por R$ 18,00. Além disso, outras irregularidades na gestão do IGES geraram um rombo de R$ 350 milhões junto aos fornecedores. A Instituição não tem recursos suficientes para quitar suas dívidas. O órgão também, de forma inexplicável, reajustou contratos de R$ 830 milhões para R$ 994 milhões.

“Recursos públicos para o combate à Pandemia da COVID foram desviados por uma organização criminosa que se instalou na Secretaria da Saúde”, denunciou Izalci na CPI do Senado.

A fraude na compra de testes para a COVID, foi descoberta no ano passado durante a Operação Falso Negativa, da Polícia Federal e do Ministério Público do DF. A CPI da Pandemia do Senado recebeu o resultado da investigação que comprova que a cúpula da Secretaria de Saúde do DF se envolveu num esquema criminoso de superfaturamento em compras, sem licitação, de testes rápidos de detecção de Covid-19. Isso gerou demissões e instabilidade na Secretaria da Saúde.

“São sete secretários de Saúde em três anos. Isso mostra a total falta de uma política de saúde pública do GDF”, disse Izalci em reportagem do jornal Brasília Capital.

A direção do IGES, nomeada pelo governador Ibaneis Rocha, contratou a empresa Precisa para fornecer 150 mil unidades de testes. O custo da operação de compra foi de R$ 139,90 a unidade. O valor se transformou num escândalo, pois o mesmo teste foi oferecido no Pregão Eletrônico do SESC por apenas R$ 18,00. Posteriormente, organizações nacionais e internacionais de saúde determinaram que estes testes não eram eficientes.

O senador Izalci reuniu todas as informações de irregularidades em um documento que foi entregue à CPI da Pandemia do Senado, com o nome dos integrantes do esquema criminoso que agiram de forma coordenada, permanente e com divisão de tarefas, agindo como uma verdadeira organização criminosa. Um dos diálogos do ex-secretário da Saúde Francisco Araújo, captados pela PF, sugere a existência de uma quadrilha: “Nada na SES sairá sem minha anuência e do governador Ibaneis”.

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