Dirigente diz que Iges-DF gastou R$ 136 milhões com a pandemia de março a outubro

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De acordo com o superintendente operacional do instituto, o GDF ainda terá que pagar despesas referentes aos meses de setembro e outubro

A Comissão Especial da Covid-19 no Distrito Federal recebeu, nesta segunda-feira (16), o superintendente operacional da unidade de apoio do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), Dickson dos Santos Gomes, e o coordenador do Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Saúde da Defensoria Pública do DF, Dr. Ramiro Nóbrega Sant’Ana. A participação do representante do Iges-DF e da Defensoria ajudou os parlamentares a esclarecer dúvidas quanto a atuação do instituto e o atendimento jurídico da população durante a pandemia.

Logo na abertura dos trabalhos, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), coordenador da comissão, voltou a registrar que os parlamentares do DF até hoje não tiveram acesso as informações dos recursos que foram destinados para o governo do Distrito Federal enfrentar a pandemia da Covid-19 na capital do País.

O superintendente do Iges-DF, Dickson dos Santos Gomes, expôs os dados dos gastos realizados pelo órgão desde março deste ano. Segundo ele, a diretoria do Iges-DF no começo da pandemia projetou um gasto na ordem de R$ 306 milhões, mas a Secretaria de Saúde (SES-DF), órgão do GDF que detém contrato com o instituto, repassou aproximadamente R$ 136 milhões.

O que chamou atenção durante os esclarecimentos do superintendente é que os procedimentos administrativos e as relações financeiras entre o Iges-DF e o GDF, por meio da Secretaria de Saúde, são realizados da forma que bem quer o governo. Ele apresentou uma planilha com as informações dos gastos do instituto de março a outubro conforme a demanda solicitada pela SES-DF.

“Foi dessa forma, em resumo, que fizemos a nossa prestação de contas e chegamos no valor total de aproximadamente R$ 136 milhões de gastos da Covid, entre março e outubro, que foi o momento que a gente fechou a planilha e enviou para a SES”, explicou Dickson.

O dirigente do Iges-DF disse ainda que o instituto vai apresentar as notas fiscais dos serviços prestados que ainda não foram pagas.

Já o defensor público, Dr. Ramiro Nóbrega Sant’Ana, relatou que durante a pandemia houve um colapso no sistema de saúde quanto ao atendimento médico na área da cardiologia. “A cirurgia cardíaca pediátrica e neonatal é um problema que existia há muito tempo aqui no DF, mas que agora (com a pandemia) ficou muito grave e a Defensoria ajuizou uma ação civil pública”, destacou o defensor.

Ao final da reunião, ficou acertado que uma equipe da área técnica do Iges-DF e da SES irá levar ao conhecimento da comissão, na próxima segunda (23), as informações sobre os gastos da Covid em relação ao instituto.

“Vamos formalizar esse pedido em nome de toda a comissão conforme pediu o superintendente do Iges-DF. Não podemos ficar sem acesso a essas informações. Isso foi um compromisso que assumiram conosco quando destinamos recursos para o GDF poder enfrentar a pandemia aqui no DF”, afirmou o senador Izalci.

Acesse no link abaixo a íntegra da reunião da Comissão Especial da Covid-19 no DF:

https://www.youtube.com/watch?v=f59Dt-GAVuY

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