Senadores debateram a importância do turismo cívico para o desenvolvimento socioeconômico
A inclusão do tema na grade curricular das escolas também foi debatida durante a audiência pública.
Que o Brasil é um país que precisa melhorar a sua performance no turismo cívico, isso já não é novidade. Foi com esse intuito que a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado realizou, nesta quarta-feira (30), uma audiência pública para debater o fomento ao turismo cívico no país, a pedido do presidente do colegiado, senador Izalci Lucas (PSDB-DF).
Em sua justificativa, Izalci Lucas reforçou que é necessário explorar o potencial para o turismo cívico não só de Brasília como do Brasil. Para o senador, outra forma de incentivar o tema é incluir o tema na grade curricular das escolas, principalmente, do ensino fundamental.
“Temos que valorizar a história do nosso país e o turismo cívico é o principal instrumento para fazer com que nossos estudantes se interessem pela nossa história e nossas riquezas. Para nós do Distrito Federal, é muito importante esse tipo de turismo, pois os brasileiros precisam conhecer e admirar a nossa capital, símbolo do modernismo arquitetônico no mundo”, afirmou Izalci.
A representante da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, Claudia Maldonado, citou o exemplo de cidades como Washington, nos Estados Unidos, e Joanesburgo, na África do Sul, que valorizam os símbolos nacionais como fórmula para impulsionar o turismo cívico. Ela disse que Brasília também tem os mesmos valores, independentemente de partidarismos políticos, e isso deve ser valorizado e utilizado para impulsionar o setor.
“Aqui não se joga papel no chão, não se usa buzina e, independentemente de onde o cidadão tenha nascido, Brasília é a nossa capital. Então, a gente precisa transmitir isso de maneira positiva”, destacou Claudia.
A secretária de Turismo do Distrito Federal, Vanessa Mendonça, disse que, embora Brasília já seja reconhecida como destino turístico, é preciso reforçar na mente dos brasileiros que a cidade foi construída como símbolo da esperança. Vanessa defendeu o turismo cívico como política de Estado. Além de valorizar as instituições e tradições, ela acredita que a medida reforça a cidadania, gera pertencimento, aumenta o vínculo da sociedade com a cidade e posiciona o Brasil como nação para o mundo.
“Investir no turismo cívico é mais do que uma oportunidade e um alinhamento com a política nacional: é um meio de concretizar seu enorme potencial turístico, econômico e social”, comentou a secretária.
Para o representante da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (Abih), Henrique Severien, Brasília precisa incentivar a cultura da visitação. Segundo ele, o turismo cívico deve ser estimulado entre toda a população, desde a infância. Na visão do debatedor, ensinar as crianças é recrutá-las como agentes de divulgação dos conteúdos culturais, jurídicos e arquitetônicos da própria cidade.