Durante seminário, Izalci fala da importância e das dificuldades de se investir em Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil

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O senador Izalci Lucas (PSDB/DF) participou de seminário online, sobre o PL 135/2020 -- e os desafios da Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, nesta segunda-feira (07/12), a convite do professor Dr Hélio Dias, presidente do IVEPESP – Instituto para a Valorização da Educação e da Pesquisa no Estado de São Paulo. O Projeto, de autoria do senador, estabelece a liberação total dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), principal ferramenta de financiamento para a área do país. A matéria foi aprovada no Senado, e está para ser discutida na Câmara dos Deputados.

Apenas R$ 600 milhões dos R$ 5,2 bilhões arrecadados pelo fundo em 2020 estão disponíveis para investimentos este ano em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, realizadas por universidades, institutos de pesquisa e empresas. Um total de R$ 4,6 bilhões está retido nos cofres do governo federal.

Na ocasião, Izalci lembrou que por duas vezes foi secretário de ciência e tecnologia e percebeu as dificuldades do setor no Brasil. “Há uma diferença muito grande entre iniciativa privada e setor público. No privado, pode fazer o que quiser desde que não seja proibido. Na rede pública, você só pode fazer o que é permitido e é muito mais complexo fazer qualquer coisa”.

Segundo Izalci, o maior desafio enquanto secretário, era relacionado à questão da legislação. “Desde que assumi o mandato de deputado federal e agora no Senado, sempre presidi a Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Inovação e Pesquisa, e fizemos muita coisa. Fui relator do projeto da Emenda Constitucional que colocou a Inovação na Constituição, mudamos o Marco Regulatório de Ciência Tecnologia Inovação & Pesquisa, e muita coisa que não podia fazer, com a nova mudança, passou a ser permitido, facilitando o trabalho do pesquisador no Brasil.

Na opinião do senador, é preciso popularizar a Ciência, a Pesquisa e a Inovação, e nada disso é feito sem recursos.

“O principal financiador de pesquisa no Brasil, é o FNDCT, que hoje tem uma arrecadação em torno de R$ 5 a R$ 6 bilhões por ano, mas o governo contingencia, ou seja, aplica o recurso em outras áreas, usando praticamente 90% para pagar dívida e juros da dívida. A previsão do ano que vem no orçamento é utilizar R$500 milhões do fundo. Em época de crise é que mais se deve investir no setor, e o governo aqui é contra, o que é muito triste sabendo da importância disso”, opinou.

Para Izalci, temos uma linguagem muito complexa do tema. “A gente só consegue convencer as pessoas quando está convencida. É preciso informar, identificar quem são os deputados e senadores da comissão mista do orçamento e em seguida conversar com eles para repor o que foi tirado. Muitos parlamentares não têm oportunidade de conhecer as informações sobre a importância da ciência e tecnologia. O orçamento hoje é menor que 20 anos atrás. Mas estamos lutando para conseguir aliados nessa luta” disse.

Durante sua participação no Webinar, Izalci falou ainda sobre outros assuntos, como a importância de direcionar recursos para setores que vão ajudar no desenvolvimento do país, e a questão da vacina contra a Covid-19:

“Lamentavelmente politizaram a questão da vacina, e vacina não tem bandeira Se a comunidade cientifica aprovou, a Anvisa liberou, pronto! Ainda mais partindo do Instituto Butantan e Fiocruz, que já provaram a capacidade e credibilidade que têm”, finalizou.

Assista ao vídeo completo no link abaixo:

 

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