Sessão destaca pioneirismo de Casimiro Montenegro Filho, fundador do ITA
Fundador do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o marechal-do-ar Casimiro Montenegro Filho (1904-2000) foi homenageado pelo Congresso Nacional nesta quinta-feira (22) por seus 120 anos de nascimento. A sessão solene, no Plenário do Senado, foi marcada por discursos que destacaram o pioneirismo de Montenegro e seu empenho na educação como instrumento para o progresso do país.
O requerimento (REQ 10/2024) para a homenagem foi apresentado pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e pelo deputado Danilo Forte (União-CE). Presidindo o evento, Pontes declarou que a homenagem celebra a “inteligência aliada à vontade” e enalteceu a liderança e a visão de futuro de Casimiro Montenegro Filho.
“Estamos diante de uma daquelas pessoas que fazem diferença no mundo e são imprescindíveis para o sucesso e o avanço da sociedade. (…) Acreditava na educação como instrumento de avanço e desenvolvimento humano. Foi responsável pela formação de milhares de engenheiros e pelo desenvolvimento da tecnologia em nosso país.”
Pontes, que é engenheiro aeronáutico formado pelo ITA, citou a importância do instituto e do DCTA como centros de inteligência que viabilizaram a criação da Embraer — também sediada em São José dos Campos (SP) — e destacou a atuação de Montenegro no desenvolvimento do Correio Aéreo Militar, que tornou-se o Correio Aéreo Nacional.
Visionário
O senador Izalci Lucas (PL-DF) classificou o homenageado como uma pessoa à frente de seu tempo, dedicado a “causas nobres e cívicas”.
“Contrariando todas as expectativas, defendeu até o fim o seu ideal de transformar o Brasil em uma potência aeronáutica e fundou então o ITA, uma escola de excelência, assim como a Embraer, uma das três maiores construtoras de aeronaves de transporte de passageiros do mundo, ao lado da Boeing e da Airbus. São as aventuras do marechal, que fez a revolução nos céus do Brasil.”
A sessão especial foi antecedida de um minuto de silêncio pelos 21 profissionais que morreram em explosão no Centro de Lançamento de Alcântara (MA), há 22 anos. Pontes classificou o acidente como a maior tragédia do programa espacial brasileiro e disse que a contribuição das vítimas nunca será esquecida.
Fonte: Agência Senado
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