Como o Brasil está se saindo no combate ao Coronavirus?
O que se deve mudar no Sistema Único de Saúde (SUS) em razão da experiência adquirida com a Covid-19? O que mais se pode fazer para ajudar os mais afetados pela pandemia? Os questionamentos foram direcionados pelo senador Izalci Lucas (PSDB/DF) aos especialistas que participaram da audiência pública, nesta terça-feira (8), na comissão especial do Congresso que acompanha as ações contra o coronavirus em todo o país. Os convidados apresentaram dados científicos atualizados sobre a evolução da doença, além de informações sobre tratamentos, vacinas e as previsões para o “Brasil pós-Covid”.
Segundo informaram há 32 vacinas em teste e a fase aguda da Covid-19 já está passando. Os especialistas também falaram sobre os legados pós-pandemia, tais como o trabalho remoto, o ensino à distância, o acesso à informação e a telemedicina que beneficiam principalmente aqueles vivem em locais mais afastados. Eles abordaram ainda que as questões econômicas relacionadas a pandemia, avaliaram as condições para a volta às aulas e defenderam a garantia de recursos para a ciência e tecnologia, tão importante nesse momento.
Nesse sentido, o senador Izalci Lucas falou sobre a disponibilidade de recursos para a pesquisa e destacou a importância da aprovação, na Câmara dos Deputados, do projeto de sua autoria que proíbe o contingenciamento dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, FNDCT, transformando-o em fundo financeiro.
Informatização
Ao registrar que na Capital da República ainda não há informatização dos serviços de saúde pública, o senador Izalci perguntou, ao Diretor do Departamento de Informática do SUS, DataSus, Jacson Venâncio Barros, sobre como está a informatização dos serviços públicos de saúde na pandemia. O senador citou os aplicativos desenvolvidos para telefones celulares pelo Datasus.
Jacson Barros informou que a maioria dos hospitais brasileiros mantém as informações clínicas dos pacientes em papel. Segundo avaliou, a burocracia ainda é grande nos processos de saúde e, nesse sentido, a pandemia está trazendo a desburocratização. Nessa linha, ele citou a aprovação da MP 983/2020 que criou dois novos tipos de assinatura eletrônica em comunicações com entes públicos e em questões de saúde.
“Se nós conseguirmos usar a assinatura avançada, nós vamos trabalhar muito a informatização nas unidades de saúde, sejam elas primárias ou especializadas. Hoje, as pessoas preenchem um formulário e não fazem a menor ideia do que estão preenchendo”, avaliou.
Jacson Barros também destacou que a conscientização da importância do registro adequado das informações dos pacientes deve ser levada para os alunos de Medicina, pois isso é crucial para que o médico possa tomar decisões.
Prontuário eletrônico
“Nós tínhamos duas decisões a escolher: esperar todo mundo se informatizar para integrar ou integrar o que já tínhamos. Então, a gente deu um avanço”, salientou.
Mais afetados
O representante do Ipea informou, ainda, que o assunto faz parte de documento preparado pelo IPEA com 33 propostas de políticas públicas para o enfrentamento da crise sanitária e econômica.
Na OMS
“Outra participação brasileira é no grupo Covax, que é uma iniciativa para poder disponibilizar vacinas não somente para o Brasil, mas para o mundo. A maneira mais rápida para pôr fim a essa pandemia é reabrir a economia e começar a proteger as populações de maior risco e o Brasil é participante das políticas de enfrentamento e solução desse problema que é a pandemia do Covid-19”, informou.
Vacina