Comissão debate a importância da educação para combater a violência contra a mulher
Izalci Lucas defende a mudança de mentalidade da população por meio da educação.
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado, promoveu, nesta terça-feira (30), uma audiência pública para debater a importância da educação no combate à violência e o fortalecimento de políticas públicas para as mulheres. O senador Izalci Lucas (PSDB/DF) foi o proponente da realização do debate.
Para Izalci, o Brasil precisa mudar as estatísticas em relação a violência contra as mulheres. Em novembro de 2018, o Escritório das Nações Unidas para Crimes e Drogas divulgou que no Brasil a taxa de homicídios femininos é de 4 mulheres mortas para cada grupo de 100 mil, enquanto que a média mundial é de 2,3 mortes.
“É um absurdo que tenhamos índices acima da média mundial. As mulheres devem ser tratadas com respeito. É por isso que defendo que é por meio da educação que vamos mudar a mentalidade da nossa população”, destacou o senador.
A audiência pública contou com a participação de mulheres integrantes do Projeto Caminho das Flores, desenvolvido pela Polícia Civil do DF, desde 2018, em parceria com a comunidade. O projeto promove ações de proteção e valorização da mulher.
Segundo a policial civil e uma das idealizadoras do projeto, Deise Luci de Andrade, as mulheres precisam aumentar os seus direitos. “Nós estamos ainda num momento de luta, de emancipação e de ampliação de direitos para as mulheres”, pontuou. “O menino tem que respeitar a menina, não porque ela é uma menina e, sim, porque ela é um ser humano. Que a gente possa enxergar de verdade que a educação é a porta aberta para que as mulheres possam ocupar espaços de poder e possam ter visibilidade social”, definiu Deise.
Já a diretora de gênero do projeto, a advogada Lúcia Bessa cobrou mais investimentos para a educação e políticas públicas que promovam equidade de gênero em todo o país, uma obrigação constitucional do governo.
“A educação só pode ser entendida como preventiva de violência se for transformadora, crítica e inclusiva. Somente essa educação é capaz de transformar o status quo, não há outra forma de educação capaz de prevenir violências, principalmente contra mulheres e meninas, que não tenha em seu bojo a criticidade e a transformação de uma situação”, opinou Lúcia.
Com informações da Agência Senado
Foto: William Sant’Ana