Izalci criticou a falta de referência para o tratamento contra à Covid
Em sessão de debate temático com especialistas, o parlamentar lamentou que à população ainda não tenha acesso a informações corretas sobre a doença
Já se passou um ano que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a existência da pandemia do coronavírus no mundo e ainda não se tem uma solução definitiva para o problema. Nesta segunda (15), o Senado Federal promoveu uma sessão de debate temático com especialistas da área da saúde sobre o uso de tratamento profilático no combate à Covid-19. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) foi um dos signatários do requerimento para a realização da sessão.
Uma das principais abordagens da sessão de debate foi quanto ao uso da hidroxicloroquina e da ivermectina no tratamento precoce do coronavírus. A cardiologista Ellen Guimarães frisou que por ser uma doença que ainda está sendo estudada, a atuação médica tende a ser mais delicada.
“A gente não consegue identificar quem vai ser hospitalizado ou não. A gente tem apenas uma ideia do que se pode fazer”, salientou a médica.
A médica Nise Yamaguchi criticou publicações que apontaram que a hidroxicloroquina não agia sobre a doença. Ela relatou que em países como Bangladesh e Índia que fizeram uso de tratamento profilático tiveram uma redução considerável na quantidade de mortes.
“Não é uma doença que se cura 100%. Ainda temos muito a avançar sobre os tratamentos contra à covid”, ressaltou a especialista em oncologia e imunologia
O senador Izalci lamentou que ainda não se tenha um direcionamento correto para tratar a Covid. “O que eu lamento muito o que está acontecendo no Brasil hoje, seja a questão do tratamento profilático ou da vacina, é que o povo brasileiro não tem uma referência. Cada um fala uma coisa e a pessoa fica perdida”, criticou.
O infectologista André Siqueira da Fundação Oswaldo Cruz concordou com o senador Izalci e observou. “Infelizmente a ciência é assim senador Izalci. Nós trabalhamos com estatísticas para poder chegar a uma solução mais correta”, destacou o especialista.
“Nós precisamos de uma posição mais firme porque eu mesmo estou ficando mais inseguro do que estava antes”, finalizou o senador Izalci.