Izalci participa de debate da Agência Servidores sobre os impactos e avanços do Estado no apoio a ciência e tecnologia
Evento online, promovido por entidades representativas das carreiras de servidores públicos federais apontou possíveis falhas existentes na legislação que impedem o desenvolvido científico e tecnológico do país
A falta de investimentos por parte do Estado nas áreas da ciência e tecnologia já começa a preocupar aqueles que integram a sua estrutura organizacional-administrativa: os servidores. Nesta quinta-feira (15), a Agência Servidores promoveu um painel de debates sobre os impactos e avanços do Estado no apoio a ciência e tecnologia no 3º episódio da série “Nosso Estado”. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), presidente da Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, participou do evento online.
A edição desta quinta foi realizada pela Agência Servidores em parceria com a Anfip, Asfoc, Fonacate, Sindilegis e Sindireceita. O objetivo da série Nosso Estado é promover a reflexão de um setor do Estado debatendo a sua forma de atuação ou impacto para a sociedade como um todo.
A renomada médica, professora, cientista e vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, foi a primeira expositora do debate. Ela enfatizou que a legislação brasileira voltada para a ciência e tecnologia, apesar de ser bastante objetiva, não é executada da maneira correta. “Os recursos para a educação, ciência e tecnologia não são gastos, são investimentos”, destacou Helena Nader em sua apresentação.
O senador Izalci Lucas citou que o PLP 135/2020, de sua autoria, que está aguardando ser votado pela Câmara dos Deputados, tem como objetivo proibir o contingenciamento dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT para que possam ser investidos em prol do desenvolvimento do país. O parlamentar ressaltou que é preciso popularizar e valorizar a ciência e a tecnologia nas escolas.
“O interesse pela ciência e tecnologia tem que ser feito nas escolas. Nós não estamos preparando os nossos jovens para o futuro. A educação, ciência e tecnologia devem ser prioridades para este país. Mas o que vemos muito são apenas discursos”, lamentou Izalci.
O debate também contou com a participação do presidente da Associação dos Servidores do CNPq – ASCON, Roberto Muniz, que disse que é preciso valorizar as carreiras de ciência e tecnologia dentro do funcionalismo público. Já o vice-presidente da Associação dos Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental – ANESP, Rogério Veiga, ressaltou que o Brasil precisa melhorar a capacidade de qualificação de seus profissionais.
Ao final do debate, o senador Izalci Lucas lembrou que o Brasil possui pesquisadores de alto nível, mas disse que é preciso “garantir a continuidade do trabalho que eles realizam” referindo-se a falta de recursos para a ciência e tecnologia por parte do Estado.
Assista abaixo a íntegra do debate promovido pela Agência Servidores: