Izalci apoia ações para compra de mais vacinas contra a Covid-19

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Com representantes dos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores e com Embaixador da Rússia, senadores esclareceram dúvidas sobre o andamento das negociações para a compra de mais vacinas para o Brasil

A Comissão da Covid do Senado realizou, nesta segunda-feira (17), audiência pública para debater as perspectivas de compra de vacinas e medidas que estão sendo tomadas pelo governo para agilizar a imunização em todo o país. Os senadores ouviram o embaixador da Federação Russa no Brasil,  Alexey Labetskiy, o Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, o Ministro Diretor do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania do MRE, João Lucas Quental Novaes de Almeida, entre outros convidados, que falaram sobre como estão as tratativas de cooperação técnica internacional e as possibilidades de auxílio ao Brasil no combate à Covid-19.

Sobre a compra de vacinas no cenário de cooperação, o senador Izalci Lucas (PSDB/DF) perguntou se não deveria haver condições mais favoráveis com relação à negociação das vacinas com os países do BRICS, uma vez que o Brasil faz parte desse bloco que é formado pela Rússia, Índia, China e África do Sul.

O Diretor do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministro João Lucas Quental Novaes de Almeida, explicou que o BRICS é um mecanismo extremamente ativo na área da saúde com reuniões ministeriais anuais e que, desde o início de 2020 e antes da pandemia se tornar aguda,  já havia discussões para estabelecer um centro dos BRICS sobre o desenvolvimento e distribuição de novas vacinas e o compartilhamento de  tecnologias, mas que as tratativas  não avançaram tão rápido quanto era esperado.

“Isso foi em parte por conta da prioridade que foi dada ao combate à pandemia. As negociações sobre vacinas têm ocorrido, de modo geral, bilateralmente, com os governos e com as empresas”, informou.

Excedente de Vacinas

O senador Izalci também perguntou como estão sendo conduzidas as negociações de compra ou intercâmbio de excedentes de vacinas de outros países que já estão com o processo de vacinação mais adiantado do que o Brasil.

Sobre a questão de excedentes, o representante do MRE, afirmou que há negociações com autoridades de países como Austrália, Canadá e com Hong Kong, mas que os dois países que parecem mais promissores são Estados Unidos e Reino Unido.

“Há conversações em andamento com os dois países, por meio das nossas embaixadas, diretamente entre autoridades sanitárias. O Ministro da Saúde esteve recentemente com os americanos. Então, nós de fato estamos explorando todas as frentes possíveis, mas, no momento, os dois países que parecem mais promissores são esses dois”, disse.

O Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, informou que o ministério tem conversado com os Estados Unidos e o Reino Unido e que está acompanhando os dados mundiais referentes aos países que estão mais acelerados na vacinação, para tentar adiantar a entrega de mais imunizantes no Brasil. A estratégia do governo brasileiro é antecipar para o primeiro semestre vacinas já contratadas no mercado internacional. Segundo ele, o país já acertou a compra de mais de 600 milhões de doses com diversas farmacêuticas.

“Conversamos sobre contratos ainda a serem entregues com relação a doses de vacinas. A todo laboratório que se disponibiliza a ofertar imunizante para o primeiro semestre, a gente já conversou sobre a possibilidade de compra. Temos conversado também com países que estão em processo de imunização mais avançado para saber se eles têm interesse em fazer uma troca. Minha entrega que estava prevista para o último trimestre iria para você, e a sua que estava prevista para este mês viria para o Brasil”, explicou.

Também participaram da audiência pública a Senadora Kátia Abreu, Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado e José Solla, Conselheiro Coordenador-Geral da Agência Brasileira de Cooperação.

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