Visita a Planaltina

Planaltina: o senador Izalci Lucas, presidente regional do PSDB-DF, cumpriu mais uma etapa do projeto #PeloDF em extensa visita, sábado (06/11). Izalci esteve na cidade e na área rural com lideranças comunitárias, de entidades assistenciais e representantes dos setores do comércio e da agropecuária. No final do dia, fez uma avaliação daquilo que viu e ouviu: 

“Quero agradecer a acolhida carinhosa que tive em Planaltina e registrar minha solidariedade e meu empenho em ajudar e buscar soluções para os problemas, depois de tudo que vi e ouvi nesta cidade, pela qual tenho o maior respeito, onde no passado fui professor, inclusive. Constatei, infelizmente, que os problemas já históricos e as antigas reivindicações continuam sem solução. Não há o mínimo respeito do governo com a cidade/mãe da Capital, principalmente com a falta das regularizações fundiárias e a vergonhosa precariedade das redes elétrica e do sistema de iluminação da região, além dos problemas comuns a todas as administrações regionais do DF, nas áreas da saúde e da educação, entre outras.”   

Problemas Sociais

Em reunião com mais de cem pessoas no Colégio Delta, recepcionado pelo diretor Nilton Ferreira, que elogiou e agradeceu a presença dele na cidade, Izalci abriu a reunião citando o célebre conceito do ex-governador Joaquim Roriz, que ele pratica em suas visitas: “Governar é ouvir a população para atender as suas prioridades”. 

Participaram dos debates 22 pessoas, dentre as quais  representantes populares, lideranças, diretores de entidades, conselheiros comunitários,  e profissionais das  áreas sociais de Saúde e Educação. O professor Mário Castro, diretor do Patrimônio Cultural e Histórico, denunciou a falta de atenção do governo para com a cidade, segundo ele “abandonada com inúmeros problemas de ordem urbana e social e a falta de reconhecimento ao patrimônio histórico, cultural, religioso e turístico de Planaltina”.

Demandas da população

A jornalista Elke Pimentel também criticou o desprezo do governo pela cidade, região administrativa desde 1969, “e que merece mais respeito por tratar-se do berço da Capital, com 162 anos de existência”. 

A gerente do hospital, Maria Nunes Aguiar, denunciou as dificuldades no atendimento e na gestão da unidade de saúde e nas UBS (3 na cidade e 6 na área rural), “pela burocracia e centralização imposta pelo governo”, enquanto a diretora Elisângela, da Escola Vale Verde, revelou o descaso com a educação por parte do GDF, com as dificuldades enfrentadas pelos professores e pelos alunos em todos os níveis, nas escolas urbanas e nas escolas rurais (41 unidades na cidade e 21 na área rural). 

O conselheiro tutelar Wesley Fonseca elogiou a atuação parlamentar do senador Izalci e agradeceu pelas emendas que permitiram a aquisição de dois veículos para os Conselhos Tutelares I e II de Planaltina.   

Foram várias manifestações também pela regularização fundiária urbana e principalmente pelo reconhecimento de Arapoanga e do Vale do Amanhecer, como cidade, já que são hoje sub-administrações.

Atendendo pedidos

O senador recebeu diversos ofícios pedindo seu apoio para os problemas que Planaltina enfrenta. Do Comandante do 9º Batalhão de Bombeiros, tenente coronel Douglas Queiroz, pedindo ajuda para a construção de um novo quartel, adequado para o batalhão que atende Planaltina, Água Fria, São João da Aliança e Alto Paraíso; também da presidente da Cooperativa Habitacional JK de Planaltina, Maria Salete Pereira Lima; da Presidente da Associação dos Produtores Rurais da Pedra Fundamental, Lucelena Rosa da Silva, além de documento com vários pedidos da Escola Classe ETA 44, da área rural próxima à BR 020 – a 13 km da cidade, que sofre inúmeros problemas. 

Regularização fundiária

No encontro com lideranças e produtores das áreas rurais, na Chácara Biofito, onde foi recebido pelo líder Joceilson Alves de Souza, proprietário da chácara AL “Biofito”, acompanhado de outros vinte produtores agropecuários no Núcleo Rural Taquara, o maior entre os demais, Rio Preto,Tabatinga e Pipiripau, o senador ouviu as antigas queixas e reivindicações da falta de regularização fundiária da região, que ocupa a maior parte  dos 1.535 km² da extensão territorial de Planaltina.

Os produtores não entendem porque o governo não toma providências sobre a questão e sequer respeita o trabalho de centenas de produtores da maior área rural de todas as regiões administrativas do DF. Trata-se da mais extensa e maior produtora agropecuária do DF, com os cultivos de feijão, milho, soja, trigo, café, hortaliças, frutíferas e produção de leite, além dos rebanhos bovino, suíno e aves, que movimentam a riqueza de Planaltina. E além da questão fundiária, a região sofre com a precariedade do fornecimento de energia para as propriedades. 

O senador Izalci ouviu todas as manifestações e informou já existir legislação aprovada pelo Congresso para as regularizações. Para ele,  “falta apenas vontade política do GDF em regularizar, e para isso, se for o caso, promover entendimentos com o governo federal, já que ainda há terras da União na região”. O senador se comprometeu a ajudar na solução do problema, a princípio na esfera do governo federal.    

Trabalhos Assistenciais

O senador visitou ainda a obra social do Projeto Academia de Karatê Bushido Kyokai, no Vale do Amanhecer, dirigido pelo professor Livelne Farias dos Santos, que treina crianças e jovens carentes nas modalidades de Karatê, Jiu-Jitsu, Boxe Chinês e Futebol, voluntariamente, sem nenhum auxílio do governo. A prática retira os jovens da ociosidade e seus riscos, mas sobrevive apenas de algumas contribuições de empresários locais. O trabalho já rendeu no mês de outubro a conquista de medalhas, na modalidade karatê, a três meninas da categoria Karatê/Júnior – Cecília Capuchinho, Amanda Uliana e Beatriz Lucianete – no campeonato brasileiro da modalidade em Fortaleza-CE. Em dezembro próximo a Academia participará também em Fortaleza com quatro crianças e jovens nas modalidades Sub/8 e Sub/14 no Campeonato Brasileiro. 

Mais agendas na região

Outra visita importante de Izalci foi à Associação Comunitária do Córrego do Atoleiro, nas comunidades dos Buritis II, III e IV, presidida por Rogério Vieira. Ali é realizada assistência social às comunidades carentes. 

Além de ouvir de Rogério os problemas enfrentados pela associação, Izalci conversou também com a professora Magda Bernardes, diretora da escola rural local, que revelou várias dificuldades vividas por aquelas comunidades, principalmente pelas escolas rurais, que vão desde a falta de transporte para os alunos, carência de merendas e a péssima situação das estradas de acesso às unidades.

Na obra social da igreja da pastora Ana Lúcia, no assentamento/condomínio  Nova Petrópolis, comunidade extremamente carente, também na área rural, o senador ouviu muitas queixas e pedidos de ajuda, pela total falta de assistência e de serviços básicos do governo, desde problemas com a falta de iluminação, água potável, adultos e jovens desempregados, e crianças sem escola, até a inexistência de ruas – caminhos de poeira, lama e buracos intransitáveis para veículos. Foram muitos os apelos da comunidade de 900 habitantes, que já está na área há seis anos.