Senador Izalci explica seu voto contra o texto da Reforma Tributária

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O senador Izalci (PL-DF) justificou seu voto contra o texto da Reforma Tributária aprovado na noite desta quinta-feira (12/12), no Senado.

Em entrevista à TV Band News, nesta sexta-feira (13/12), o parlamentar expressou sua preocupação com a falta de uma verdadeira simplificação tributária e com os prejuízos que a proposta poderá trazer para os setores mais simples da economia.

“Eu sempre fui favorável à reforma, que está sendo discutida há 30 anos. Mas, o que venderam como simplificação, não será, e isso não se verá nos próximos 10 anos”, afirmou Izalci.

Para o senador, a reforma deveria ser neutra, sem prejudicar setores mais simples, como as microempresas do simples, autônomos e outros.
Ele destacou que o que foi votado ontem não representa a reforma tributária completa, mas sim uma parte dela, especificamente sobre o imposto sobre o consumo.

“Ainda há outras reformas que estão por vir, como a reforma do Imposto de Renda, do Patrimônio e sobre Dividendos”.

Segundo ele, o novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) já se configura como o maior do mundo, o que pode ser um grande obstáculo para a competitividade nacional. O senador também cobrou do Governo o envio de medidas para desonerar a folha e resolver questões ainda pendentes.
Questionado sobre a comemoração do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o senador afirmou que o processo legislativo foi atropelado, sem passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), como estabelece o Regimento Interno do Senado.

“O relatório foi apresentado no plenário, sem a devida análise pela comissão competente. Por mais que tenha feito audiências na CAE, o regimento é claro: deveria passar na CAE. Não teria prejuízos votar no próximo ano”, afirmou.

Izalci reforçou que espera que o Governo atenda à prioridade da desoneração da folha, uma medida essencial para aliviar as dificuldades enfrentadas por prestadores de serviços e pequenas empresas. Além disso, mencionou que a Frente Parlamentar de Comércio e Serviços está mobilizada para defender a manutenção do Simples Nacional e avançar em uma emenda constitucional que traga mudanças necessárias para beneficiar as empresas e seus colaboradores.

PACOTE DE CORTE DE GASTOS – Com relação ao que chama de “pacote de maldade”, o senador Izalci criticou a postura do Governo, que, segundo ele, tem atrasado o encaminhamento das propostas e enviado materiais desconhecidos para aprovação.

“Não vamos carimbar textos. Ontem mesmo, mais da metade dos senadores votaram sem entender o conteúdo da reforma tributária, pois não participaram dos debates da CAE e da CCJ”, disse Izalci.

Com esse posicionamento, o senador reafirma sua preocupação com os impactos da reforma tributária sobre a economia e sobre os setores mais vulneráveis, como os prestadores de serviços e as pequenas empresas, e continua a lutar por soluções que atendam verdadeiramente ao Brasil.

Assista a entrevista:

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