Há 500 mil desempregados no DF
O desemprego e a precariedade do atendimento à saúde no DF foram os principais temas dos encontros, no sábado (5/3), do senador Izalci Lucas com moradores e empresários do Recanto das Emas. A presidente do Instituto Proeza, Katia Ferreira, denunciou que apenas no Recanto “existem 31 mil e 700 jovens que não trabalham nem estudam”. Este Instituto funciona há 19 anos e oferece cursos de qualificação profissional para a juventude.
“Esqueceram as pessoas. Há 500 mil desempregados em Brasilia e o governo não tem nenhuma política séria para criar empregos e atrair a instalação de empresas no DF”, criticou Izalci, referindo-se ao governo Ibaneis. “As pessoas precisam de emprego, de trabalho com dignidade”, acrescentou.
O Senador também protestou contra a postura do Ministério Público Federal, que no passado considerou incentivos fiscais e tributários para a instalação de empresas em Brasília, inconstitucionais. Enquanto isso, os Ministérios Públicos estaduais não adotaram a mesma atitude em relação a aplicação deste tipo de política pelos demais Estados. Sua avaliação é a de que Brasília perdeu milhares de empregos e muitas empresas para Goiás, sobretudo para os municípios goianos que integram a região metropolitana do DF.
Nas diversas reuniões com os moradores, as principais reclamações foram sobre a precariedade do atendimento da saúde, que se tornou ainda mais grave durante a pandemia. Eles denunciaram que faltam médicos, medicamentos e se queixam da dificuldade de marcar consultas. Um deles, afirmou que enquanto o Recanto das Emas tem um Centro de Saúde, o Riacho Fundo tem várias Unidades Básicas de Saúde. “Não tem remédio, não tem equipamentos nem médico”, gritou um dos presentes à reunião.
Izalci aproveitou para denunciar o fracasso do governo Ibaneis para os presentes. Lembrou que não há política de governo para o setor, pois já foram nomeados sete secretários de Saúde. O IGES que administra a Saúde do DF está sendo investigado pela prática de corrupção. O GDF comprou testes de COVID a R$ 180, na mesma semana em que o SESC adquiriu por R$ 18. E, depois, usaram um teste na população que já tinha sido condenado nos principais países do mundo. “Todos os testes davam negativo. Por isso, a investigação policial contra o GDF recebeu o nome de FALSO NEGATIVO.
“Este é o Ibaneis, ele disse que ia acabar com o IGES, que sobrevive atolado numa investigação de corrupção de governo. Garantiu que não iria vender a CEB e se desfez dela por uma bagatela. Prometeu que ia regularizar casas e propriedades e até agora nada. Não há política de governo, estamos no sétimo secretário de Saúde e no quinto de Educação. É muito despreparo, muito improviso”, argumentou, ao fazer uma avaliação do atual governo.
O programa CHEQUE EDUCAÇÃO, implantado no GDF em 1999 depois de proposta pelo Senador Izalci, sempre é muito elogiado. Alguns dos moradores, com quem esteve reunido, estudaram em escolas privadas com vales, usados para pagar as mensalidades, e se formaram na Universidade. Este programa foi antecessor e inspirador do PROUNI, criado pelo governo federal em 2004. Cem mil jovens estudantes de Brasília se formaram na Universidade graças a este programa.