Precisamos proteger nossos profissionais de saúde que estão morrendo de covid-19, afirma Izalci Lucas

 em Notícias, Saúde, Slide, Últimas

O apelo foi feito pelo senador em audiência com o ministro da Saúde

O alto número de profissionais que morrem no combate ao coronavírus foi citado pelo senador Izalci Lucas (PSDB/DF) em audiência pública com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta terça-feira (23). Em reunião remota da comissão mista criada para acompanhar as medidas do governo federal no enfrentamento à covid-19, o senador lamentou que o Brasil ostente o triste marco de ser o país em que a doença mais mata profissionais de saúde.

Izalci relatou que, no mês de abril, o Ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, mencionou um teste com um medicamento promissor no tratamento do Covid-19, com eficácia superior a 90%. Nesse sentido, ele perguntou ao ministro sobre testes com o vermífugo Annita no combate à covid-19. Em resposta, Pazuello disse que ainda não existe comprovação cientifica da eficácia do vermífugo.
“Quanto ao Annita, ele é um medicamento, um vermífugo e todo mundo conhece, que ainda não tem uma comprovação científica definida e tem sido usado como preventivo. Mas o ministério não se posicionou ainda por não termos uma resposta científica já acordada”, explicou.

Vacina
O ministro informou que o governo federal pode assinar ainda esta semana um acordo para produzir no Brasil a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford. Segundo ele, o governo também estuda parcerias similares para outras vacinas que se mostraram promissoras contra a covid-19.
A forma de divulgação de dados pelo Ministério da Saúde também foi outro assunto questionado pelo senador Izalci. O senador perguntou se houve mudanças no método de divulgação de números epidemiológicos.

Eduardo Pazuello explicou que, quanto às informações epidemiológicas, o que houve foi mais transparência e aprofundamento de dados e que todos os modelos anteriores estão mantidos. Quanto à data de óbito e à data de registro, o ministro da Saúde destacou que o registro é um documento único e os números do registro não são mutáveis.

Dados
O Ministério da Saúde gastou menos de um terço dos R$ 39,3 bilhões liberados para o combate ao coronavírus por meio de medidas provisórias, segundo informou Eduardo Pazuello. De acordo com o ministro, foram pagos até agora R$ 10,9 bilhões – cerca de 27% do valor total. As principais razões para o fato de R$ 28,4 bilhões, 72,8% do total, ainda não terem sido pagos seriam a dificuldade para aquisição de EPIs, ventiladores e outros equipamentos para terapia intensiva, assim como para a contratação de UTIs. Além disso, segundo ele, a liberação do dinheiro em alguns casos depende da elaboração de portarias e da adesão de municípios. Em outras situações, o dinheiro não foi pago porque se trata de uma provisão para pagamentos futuros.

Pazuello destacou ainda as principais ações no enfrentamento da pandemia. Segundo ele, a pasta aplicou R$ 1,2 bilhão na habilitação de 8,6 mil leitos de UTIs. Foram distribuídas 12,9 milhões de doses de medicamentos: 4,4 milhões de comprimidos de cloroquina e 8,5 milhões de cápsulas de oseltamivir. O governo federal distribuiu também 115,7 milhões de EPIs e enviou 11,3 milhões de testes para todos os estados do país.

Ao prestar solidariedade às famílias que perderam vidas para o covid-19, o ministro informou que mais de 51 mil brasileiros foram mortos pela doença.

Quer saber mais sobre a audiência com o ministro da Saúde? Acesse o site:
https://www12.senado.leg.br/multimidia/evento/96753

 

Postagens Recomendadas

Comece a digitar e pressione Enter para pesquisar