Pais de alunos de colégios militares não querem a volta das aulas presenciais

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Apesar das dificuldades iniciais, as famílias dizem que os alunos já se adaptaram a nova modalidade e sugerem que o ano letivo seja concluído com o ensino à distância

O decreto do governo do Distrito Federal (GDF) que autoriza o retorno dos estudantes para as salas de aulas está deixando muitos pais preocupados. Nesta segunda-feira (06), o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) conversou com pais e responsáveis de alunos de colégios militares do DF pelo projeto Café Virtual sobre a volta às aulas presenciais.

Desde que o GDF suspendeu as aulas presenciais devido a pandemia da covid-19, em março deste ano, muitas escolas passaram a ensinar seus estudantes por meio de plataformas virtuais. Apesar das dificuldades do começo, a maioria dos alunos já se adaptou à nova modalidade e, diante do atual cenário, os pais querem que o ano letivo seja concluído com o ensino à distância.

Entre as inúmeras justificativas para que as aulas não voltem a ser presenciais, os pais relataram que problemas como superlotação das salas, alunos que convivem com pessoas do grupo de risco e fora os descuidos espontâneos dos próprios estudantes, podem aumentar a circulação do coronavírus e propagar a disseminação da covid na comunidade escolar.

Segundo o pai de uma aluna do Colégio Militar de Brasília, que é mantido pelas Forças Armadas, sua filha conseguiu acompanhar o ritmo das aulas e está sendo alfabetizada. “As atividades virtuais estão indo muito bem. Vejo que minha filha, aos cinco anos de idade, está sendo alfabetizada, até mesmo para minha surpresa, com as aulas virtuais”, revelou.

Os responsáveis pelos estudantes disseram ao parlamentar que há um abaixo-assinado virtual solicitando o adiamento da volta às aulas presenciais. Durante o Café Virtual, alguns pais informaram que se as aulas realmente voltarem a ser presenciais, não vão enviar seus filhos para os colégios.

Para o senador Izalci Lucas, o atual cenário requer cautela, pois ao mesmo tempo em que há pais que não querem que seus filhos vão para a escola, outros já querem.

“É uma decisão bastante complexa. Eu digo que o momento certo para abrir as escolas é quando o governante tem coragem de mandar o filho ou o neto para o colégio. Por exemplo, eu não vou mandar a minha netinha agora”, destacou Izalci.

Após as reivindicações dos pais, Izalci Lucas falou que irá tratar do assunto na próxima reunião da comissão especial temporária da Congresso Nacional que acompanha as ações de combate à covid no Distrito Federal. Ele ressaltou que também buscará uma solução junto aos dirigentes dessas escolas militares.

“As escolas que tenham condições de manter o ensino à distância, devem mantê-las. Vamos levar esse assunto para a comissão e cobrar do GDF uma posição”, disse o senador.

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