Izalci defende discussão global dos problemas da educação
A Comissão de Educação realizou, nesta terça-feira (21), audiência pública para debater a prorrogação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, Fundeb, que é o principal meio de financiamento da educação básica no país. O fundo tem validade até dezembro de 2020 e o Senado está analisando duas Propostas de Emenda à Constituição para torná-lo permanente, a PEC 65/2019 e a PEC 33/ 2019 .
Nesta que foi a primeira de uma série de audiências que serão realizadas para discutir o assunto, os senadores ouviram o consultor legislativo da Câmara dos Deputados Paulo de Sena Martins, especialista em direito e financiamento da educação.
Segundo informou o consultor, uma comissão especial, criada na Câmara dos Deputados para analisar o assunto, já ouviu quase todos os setores envolvidos na educação brasileira. Paulo de Sena Martins afirmou que a transformação do Fundeb em política permanente estabelecida na Constituição é consenso entre todos os que participaram das reuniões.
Para o senador Izalci Lucas (PSDB/DF), essa é uma medida que precisa ser aprovada o mais rápido possível. Izalci ressaltou ainda que os problemas da educação não devem ser analisados separadamente e que é preciso ver o ensino de forma global.
“Não basta só discutir os recursos, temos que analisar outras questões como a gestão, a disciplina, o problema das drogas, o custo do aluno, uma série de dificuldades que precisam ser vistas”, elencou.
Izalci mencionou ainda a queda na qualidade do ensino. Segundo ele, em reunião com os professores da UnB, foi informado de que a instituição, que sempre foi referência, hoje está em 852 na classificação mundial. O senador também citou a dificuldade por que passam os pesquisadores de mestrado e doutorado por conta dos baixíssimos valores pagos pela bolsa de estudo.
Ao avaliar que é necessário vontade política para realizar as mudanças necessárias e transformar a educação, Izalci afirmou que é preciso trazer essa discussão para o Senado.
“Temos que pensar em investimentos para as escolas, para a tecnologia. Precisamos investir na valorização, na formação do professor, na infraestrutura das escolas no Brasil. Temos escolas que ainda não têm nem banheiro e isso é inadmissível. Temos que discutir isso tudo e olhar para a educação como um todo para podermos alcançar os resultados que precisamos”, concluiu o senador.