Izalci quer desvendar a relação entre o governo Ibaneis e a Precisa
O depoimento do ex-secretário da Saúde do DF Francisco Araújo está marcado para o dia 26.
Após uma participação quase silenciosa do sócio proprietário da empresa Precisa Medicamentos na CPI da Pandemia, nesta quinta-feira (19), o senador Izalci Lucas (PSDB/DF) afirmou que sobrou para o ex-secretário Francisco Araújo a obrigação de esclarecer uma série de irregularidades na Saúde do DF. Izalci afirmou que ele terá de explicar porque favoreceu a Precisa Medicamentos, que superfaturou a venda de testes de Covid-19 para o GDF e ainda entregou testes de baixa qualidade.
“Precisamos saber o que aconteceu e porque ele ligou para o subsecretário pedindo que não divulgasse o resultado da licitação. Eu lamento que o depoente não possa contribuir para o DF com relação a essa máfia que existe, essa organização criminosa que foi feita na saúde. Ele respondeu que tratou com o ex-secretário a venda dos testes e era muito importante que hoje ele pudesse esclarecer isso, já que o Francisco vem na quinta-feira”, disse.
Protegido por um habeas corpus, o sócio-proprietário da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, se negou a responder a maior parte das perguntas dos senadores na CPI da Pandemia. Entre as poucas informações que deu, Francisco Maximiano admitiu que conhecia o ex-secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo Filho. Mas garantiu que havia estado poucas vezes com ele e que o assunto tratado foi o fornecimento de testes rápidos para o GDF.
Maximiano se negou a responder quem havia colocado a empresa em contato com Francisco Araújo e se a negociação havia sido feita diretamente com o ex-secretário. Ele ainda afirmou nunca ter encontrado o governador Ibaneis Rocha, nem o atual Secretário de Saúde, Osnei Okumoto, que era do Ministério da Saúde.
Izalci Lucas salientou que Francisco Araújo fez de tudo para tornar a Precisa vencedora e teve a participação de toda a cúpula da Saúde, que foi presa na Operação Falso Negativo. Ao concluir, o senador lançou suas últimas perguntas para o depoente e, mais uma vez, não houve resposta.