Izalci pede a Ministro da Economia socorro para o setor de turismo

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Senador destacou que o setor não consegue retomar as atividades e aguarda com expectativa a prorrogação do pagamento de dívidas de financiamentos em 2021

As demandas foram levadas pelo senador Izalci Lucas (PSDB/DF) ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência pública da Comissão da Covid-19 no Senado, nesta quinta-feira (25). Os senadores receberam o ministro para debater o Programa Nacional de Imunizações e tratar da situação fiscal e das medidas relacionadas à pandemia. O senador Izalci informou ao ministro que recebeu pedido de socorro de representantes do setor sobre a dificuldade que estão tendo para cumprir os prazos para pagamento de empréstimos, principalmente aqueles realizados no âmbito do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que é uma linha de financiamento de longo prazo para incentivar o desenvolvimento econômico e social da Região Centro-Oeste.

“O turismo é o setor que foi mais prejudicado pela pandemia. Entrou primeiro e vai sair por último. Então, com relação aos financiamentos do FCO, principalmente os dos hotéis, eles não têm como pagar esses valores, porque está tudo parado. Quer dizer, como é que eles vão resolver isso?”, relatou.

Outra preocupação destacada pelo senador Izalci ao ministro Guedes foi a decisão do governo de retomar a compra direta de passagens aéreas, fato que tem prejudicado as agências de viagens que antes realizavam esse serviço.

“O impacto da compra direta das passagens no setor é grande e a a mudança tem prejudicado muito as agências, mas para o Governo acho que não está havendo muita vantagem. Outros países também fazem isso e compram através das agências”, disse o senador.

O ministro da economia concordou que, apesar de uma retomada leve e positiva no final de 2020 e início de 2021, o setor de turismo sofreu uma queda preocupante em razão das novas medidas de isolamento social. Guedes afirmou que o turismo estava começando a se reerguer, com a retomada das viagens internas, hotéis com 70%, 80% da capacidade instalada novamente, mas com o relaxamento do distanciamento social, a velocidade de contágio aumentou e o setor voltou “a ser golpeado”. O ministro concordou que vão ser necessárias medidas específicas para amenizar crise pela qual passa esse segmento de serviços.

“Com o turismo nós estamos superpreocupados, porque realmente foi o primeiro a ser golpeado. Senador Izalci, vamos trabalhar juntos, porque nós já estamos trabalhando nisso e com todos os fatores a que o senhor se referiu, compra de passagens, financiamento. Evidentemente, teremos que dar mais prazo porque “se o cara está caído no chão, como é que você vai bater nele para pedir o pagamento de juros?” Não pode ser”, avaliou o ministro.

Paulo Guedes ainda afirmou que as medidas horizontais de rolagem de dívida, que já tinham sido adotadas, deverão ser estendidas a todos que estiverem em situação critica, deixando de fora aqueles que conseguiram se levantar e não precisam mais dessa ajuda.

Fio da meada

Em 2020, os empréstimos concedidos pelo FCO foram beneficiados pela determinação do governo que permitiu a suspensão e a prorrogação de pagamentos. Apesar da continuidade da crise econômica e da restrição de circulação das pessoas, a medida não foi estendida para 2021, gerando uma expectativa preocupante para os negócios do setor. Começaram a vencer as parcelas de 2021 e ainda foram cobrados os atrasados do ano passado e os hotéis não têm como pagar. Os negócios do setor na região Centro-Oeste foram um dos mais afetados na pandemia, justamente por que aqui a demanda prioritária é em razão da realização de congressos, feiras e eventos ligados à área econômica e política.

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