Izalci defende maior apoio às populações em áreas rurais no DF
O senador lamentou as inúmeras dificuldades que pequenos e médios agricultores têm tido para regularizar suas terras e para ter acesso a programas de financiamento e apoio à produção
A difícil situação de pequenos e médios agricultores que vivem nos arredores de Brasília, em áreas ainda sem regularização, foi relatada pelo senador Izalci Lucas (PSDB/DF) durante audiência pública das Comissões de Agricultura (CRA) e de Meio Ambiente (CMA), para discutir projetos de lei que tratam da regularização fundiária, nesta terça-feira (23). Ao falar da importância da regularização fundiária, Izalci destacou que existe uma população invisível que vive nas áreas rurais do Distrito Federal que não é reconhecida pelos governos. Segundo o senador, esses agricultores familiares aguardam há anos a regularização de suas terras e enfrentam todos os tipos de dificuldades para ter acesso à educação, saúde e a programas de financiamento e apoio para sua produção agrícola.
Izalci deu como exemplo o assentamento de Contagem, na região de Sobradinho, o qual visitou recentemente.
“Uma comunidade desconhecida que não faz parte de nenhum cadastro, cada família tem um pedaço de terra de 17 hectares, eles produzem, mas não conseguem vender a produção, não conseguem financiamentos, não têm acesso aos direitos básicos, eles não têm nada. São os invisíveis que estão aí porque ninguém lembra dessas pessoas que estão totalmente desassistidas”, lamentou.
Izalci Lucas enfatizou que no Distrito Federal metade da população mora em áreas irregulares. Ele considerou lamentável que os assentamentos não sejam organizados com infraestrutura e organização, o que acaba levando a ocorrência de loteamentos que o governo não consegue fiscalizar nem regularizar.
“Fico aqui revoltado porque estamos lutando há anos e não conseguimos ir para frente. Os governos não têm políticas públicas para essa parcela da população. Espero que consigamos aprovar leis para facilitar a emissão de títulos de pose da terra, porque a burocracia impede as pessoas de viverem com dignidade”, desabafou o senador.