Izalci lamenta morte do padre Casemiro e destaca aumento da violência em Brasília
Com Agencia Senado
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) apresentou nesta segunda-feira (23), em Plenário, um voto de pesar pela morte do padre Kazimierz Wojn, durante assalto em sua paróquia, na Asa Norte de Brasília. De origem polonesa, o padre Casemiro estava na paroquia há 25 anos e vivia no Brasil há 40 anos.
O senador lamentou o crime, praticado com requintes de crueldade que chocou a cidade.
“Padre Casemiro era um homem muito trabalhador e carinhoso com a sua comunidade. Deixo registrada a nossa solidariedade por essa perda. O pároco fará muita falta. Infelizmente a violência em Brasília está tomando proporções inimagináveis e certamente merece atenção redobrada por parte das autoridades”, afirmou Izalci ao ressaltar que a situação de intranquilidade afeta Brasília e em todo o Brasil.
Izalci também registrou visita que fez ao Hospital Regional de Taguatinga ressaltando a difícil situação do hospital. Segundo relatou, faltam gestão, informatização e controle.
“Por mais esforçados que sejam todos os servidores, e o hospital melhorou muito dos últimos meses para cá, ainda há muito o que fazer em termos de gestão. Fomos discutir agora as emendas da bancada e visitar esses hospitais, que precisam realmente de apoio”, afirmou.
O senador informou ainda que participou de uma reunião na Federação da Agricultura e Pecuária do DF (FAPE). A regularização fundiária foi um dos assuntos tratados no encontro. Izalci informou que praticamente 60% da área rural ainda está nas mãos da União, do Incra, da SPU e da Terracap, porque o Governo do Distrito Federal ainda não reconheceu a lei que existe.
“É preciso trazer aqui para o DF todos os benefícios da lei, implementá-la para que a gente possa de fato entregar as escrituras para esses agricultores, que estão aqui há 30, 40 anos produzindo, que precisam fazer investimentos e não conseguem financiamento, porque não têm garantias, pois a garantia é a escritura. Então, nós precisamos pressionar a Terracap para que ela possa recepcionar a lei e regularizar essas áreas que não têm objetivo especulativo, como anunciado nos Governos anteriores”, explicou.
Uma possível terceirização da merenda escolar também foi citada pelo senador como preocupante. Segundo avaliou, terceirizar a merenda escolar seria um absurdo, porque é uma forma de ajudar os pequenos produtores, inclusive da agricultura familiar.
Ao concluir, o senador informou que fará uma audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, da qual é presidente, para tratar da regularização fundiária.
“Eu convidei a Casa Civil, o Ministério da Economia e o BNDES, porque nós precisamos criar uma plataforma para que o Governo possa facilitar essa regularização, colocar a tecnologia para facilitar os processos”, informou.
De acordo com Izalci, os municípios já estão legalizando as áreas, mas é preciso cuidado e controle para que não haja especulação.
“Muitas pessoas não têm conhecimento de que estão especulando. Daqui a pouco, vai haver muita gente levando cano. Então, eu acho que o Governo Federal deve financiar uma plataforma para informar e atender todos os municípios do país”, alertou.
Foto: Agência Senado