CHAPECOENSE: IZALCI DEFENDE QUE CAIXA REVEJA CONTRATOS
A CPI da Chapecoense ouviu nesta quinta-feira (17/2) o vice-presidente de Logística e Operação da CEF, Antônio Carlos Ferreira de Souza, de quem foi cobrado e revisão dos contratos da Caixa com a Seguradora TOKIO MARINE. Relator da CPI, o senador Izalci Lucas fez um apelo para que o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e o presidente da Republica, Jair Bolsonaro, revejam esta questão da Seguradora, pois a continuidade da sociedade poderia afetar a imagem da Caixa Residencial.
Acontece que a empresa TOKIO MARINE se recusa a pagar o resseguro ao clube de futebol Chapecoense, vítima de um acidente aéreo em 28 de novembro de 2016, quando 71 pessoas morreram. A empresa de seguros detem 25% das ações da Caixa Residencial e para os dirigentes da empresa pública não há nada de errado e que não esteja dentro das regras.
“A TOKIO MARINE BRASIL é controlada pela TOKIO MARINE JAPÃO”, enfatizou Izalci quando o representante da Caixa procurava convencer os integrantes da Comissão, de que a Seguradora do Brasil tinha uma atividade separada da empresa japonesa. A posição de Izalci também foi defendida pelos senadores Espiridião Amin e Leila Barros.
Esta empresa de seguros já foi condenada em primeira instância nos Estados Unidos. Este é considerado um argumento adicional para que a Caixa, e também a Petrobras, revejam seus contratos com a TOKIO MARINE.
A CPI também ouviu o presidente do clube, Nei Roque Mohor, e o ex-presidente Plinio David de Nes Filho. Izalci pediu informações sobre a situação financeira do clube e sobre as negociações com os familiares dos jogadores de futebol, e da equipe técnica, que morreram no acidente. O clube enfrenta um processo de Recuperação Judicial de uma dívida de R$ 82 milhões. Seu dirigente disse que após renegociar as dívidas do clube, pretende trabalhar na criação de uma Sociedade Anônima do Futebol. A Chapecoense enviará dados à CPI sobre sua situação financeira e a Caixa informações sobre seu contrato com a Seguradora.