“É hora de buscarmos soluções, não de apontarmos culpados”, diz Izalci Lucas sobre foco de trabalho da nova comissão da Covid-19
O senador destacou que é necessário esclarecer os fatos sobre as ações contra a Covid no país e disse estar preocupado com relação ao suprimento de oxigênio no DF
As declarações foram feitas pelo senador Izalci Lucas (PSDB/DF) durante a reunião da comissão recém-criada no Senado para continuar o acompanhamento das ações do governo no enfrentamento da Covid-19, nesta segunda-feira (8). Ao comentar o plano de trabalho, apresentado pelo relator, senador Wellington Fagundes (PL/MT), o senador Izalci afirmou que as ações da comissão devem se basear em informações precisas sobre os problemas que precisam ser saneados para que o Brasil possa superar a crise de saúde pela qual passou e ainda passa.
“É lógico que a gente não quer ficar apontando culpados, mas algumas informações nós teremos que buscar para podemos atuar”, considerou.
Izalci Lucas disse ter sido surpreendido por uma notícia veiculada pela imprensa sobre os problemas com suprimento de oxigênio enfrentados por Manaus. Segundo a matéria, a fornecedora White Martins havia avisado o governo local sobre dificuldades com o transporte de oxigênio para a capital cinco dias antes da crise de abastecimento que causou a morte de pacientes.
“O governo não disponibilizou a ajuda e aconteceu o que todos nós presenciamos e lamentamos. Ainda, segundo informações que recebi, o DF e a Bahia também podem ter problemas sérios para oferecer oxigênio para o tratamento da Covid-10”, relatou o senador.
Foco
A comissão vai focar no debate de questões como o andamento do plano nacional de vacinação, a fabricação e compra de vacinas para imunizar toda a população e o acompanhamento dos recursos destinados para o combate da doença. Nesse sentido, o senador Izalci Lucas apontou como um dos fatos que poderiam ser analisados pela comissão uma notícia veiculada pela mídia a respeito da farmacêutica Pfeizer ter oferecido ao país 70 milhões de doses da vacina fabricada pela empresa e que o Brasil teria recusado em função de uma cláusula de responsabilidade.
“A situação é grave e o Congresso Nacional deve atuar de forma mais contundente. Precisamos saber exatamente o que acontece para vermos de que forma podemos contribuir. Essa comissão tem uma responsabilidade muito grande em função da gravidade da situação”, enfatizou o senador.
Oitivas
De acordo com o cronograma de atividades aprovado, os senadores irão convidar para as audiências os ministro da Saúde e da Economia, governadores e secretários de Saúde estaduais e municipais das cidades mais afetadas pela pandemia. A comissão terá prazo de duração de 120 dias e vai se reunir às segundas e quintas-feiras. A primeira audiência pública da comissão deve ouvir governadores.