Izalci destaca preocupação com movimento contra a vacina da Covid-19

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Senador lembrou que existe na população um sentimento de incerteza sobre a segurança da vacina que precisa ser combatido

A importância de esclarecer a população sobre a segurança da vacina contra a Covid-19 e minimizar o sentimento de incerteza e medo que existe foi destacada pelo senador Izalci Lucas PSDB/DF), em audiência pública com a equipe do ministério da Saúde, nesta quarta-feira (2). Na comissão mista do Congresso Nacional que acompanha as ações contra a Covid-19, o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o secretário-executivo do ministério, Elcio Franco, prestaram esclarecimentos sobre os testes da Covid-19 que estão perto do vencimento e sobre as reuniões com laboratórios responsáveis pelos estudos de vacinas já em fase avançada de desenvolvimento.

O senador Izalci perguntou aos participantes se o governo iria fazer campanhas de conscientização para incentivar as pessoas a se vacinarem.

“É uma preocupação que eu tenho. Há um movimento internacional contra a vacina. Penso que o ministério precisa criar uma campanha- como foi feito na época da pólio – de bastante divulgação. Se é obrigatório, se não é; se vacinar é bom, se não é. Eu gostaria de saber qual é a estratégia com relação a essa questão do incentivo”, salientou.

O secretário-executivo da Saúde explicou que as campanhas publicitárias de esclarecimento estão sendo operacionalizadas. Segundo informou, se houver mais de um tipo de vacina, serão feitas campanhas específicas para atender a públicos diferentes ou até regiões diferentes, que possam vir a ser contempladas com vacinas especificas, dependendo do momento em que essas vacinas forem disponibilizadas ao Brasil.

“O nosso movimento é pró-vacina. Para isso vamos fazer um plano de comunicação, focando na segurança”, afirmou.

Programa mundial

Elcio Franco informou ainda que o Governo Federal editou uma medida provisória no valor de quase R$2 bilhões para viabilizar o contrato de encomenda tecnológica com a AstraZeneca e a Fiocruz e também as MPs 1.003 e 1.004, para permitir a adesão ao mecanismo COVAX Facility, que é o programa mundial para impulsionar o desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19.

“Para possibilitar essa adesão, há recursos em torno de R$2,5 bilhões que vão permitir também a opção de compra daquelas vacinas que estão participando dessa iniciativa, para podermos inseri-las no nosso Programa Nacional de Imunização”, completou o secretário.

Programa Nacional

Outro questionamento feito por Izalci Lucas foi com relação à situação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), “que era um sistema de referência em vacinação”, segundo classificou o senador.

“Pelo que tive informações, a coisa não está 100% no que diz respeito ao fortalecimento do programa nacional”, ponderou.

O secretário-executivo afirmou que PNI está fortalecido e trabalha dentro de uma gestão tripartite.

“Para que a vacina chegue até os postos de vacinação, ela tem que passar pelo depósito estadual e depois ir para o municipal”, esclareceu Elcio.

Vacinação e testes vencidos

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o Brasil deve receber 15 milhões de doses de vacina contra covid-19 entre janeiro e fevereiro, de 2021. O ministro respondeu às dúvidas dos parlamentares sobre as previsões para o início da vacinação no Brasil e explicou que há poucos fabricantes com um cronograma de entrega das vacinas efetivo para o Brasil, sendo que as empresas que têm condições de liberar grandes quantidades se resumem a duas ou três no mundo.

De acordo com Pazuello, o governo só vai liberar a aplicação de vacinas registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após a conclusão de todos os estudos e protocolos exigidos. Ele disse também que a vacinação, a princípio, não deve ser obrigatória.

“Vamos trabalhar com campanhas de conscientização e nos basearmos no padrão da vacina com resultados e sem efeitos colaterais. Quando a vacinação começar a dar resultados a procura será muito grande e não a obrigatoriedade”, explicou Pazuello ao afirmar que a decisão final sobre isso será do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro da Saúde também falou que os mais de dois milhões de testes de Covid-19, que vencem em dezembro, não serão desperdiçados. Eduardo Pazuello explicou que o governo enviou pedido de expansão de prazo para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa. Segundo informou, o estudo de viabilidade estendida, feito pela empresa fabricante, já foi enviado para a agência que divulgará sua decisão esta semana.

“A caixa com o kit recebeu um registro na Anvisa com uma validade inicial pequena, mas a validade dos componentes do teste é bem maior e por isso poderá ser renovada”, explicou Pazuello.

Também participaram da audiência Roberto Ferreira Dias, Diretor do Departamento de Logística Saúde da Secretaria Executiva do Ministério, Arnaldo Correia de Medeiros, da Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Hélio Angotti Neto, da Secretaria de Ciência Tecnologia Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde-SCTIE.

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